Espiritualidade ou Espiritualidades?
- Ricardo Gonçalves e Eduardo Sales
- 16 de ago. de 2017
- 3 min de leitura

Nossa proposta com a Tribo Pé no Chão é evidenciar a importância da espiritualidade na vida humana e como ela permeia tudo que fazemos e tudo que somos.
Queremos gerar reflexão e expansão do modelo mental para que possamos viver ótima vida através da intensificação de nossa inteligência integrativa, também chamada de inteligência espiritual.
Pergunta: será que devemos falar de espiritualidade ou de espiritualidadeS?
Com a pergunta fica claro que existe a possibilidade de que a espiritualidade seja vivida por cada um de uma forma única e que padronizamos a linguagem chamando de espiritualidade, no singular, apenas por convenção e não por que isso reflete a potência da vida.
A espiritualidade no singular, por sua vez, nos faz pensar: será que ela é algo que aprendemos ou algo que praticamos?
É certo que espiritualdadeS, no plural, nos remete a algo que somos... a questão é que, ao associar espiritualidade com práticas religiosas, reduzimos muito a expressão do que espiritualidade pode ser, e inevitavelmente, caímos no risco de pensar que nossa prática é a certa ou a melhor, e que a pratica do outro é a errada ou a pior. Isso gera classificações perigosas: de pessoas mais e de pessoas menos espirituais!
Fica nosso alerta para a chamada Espiritualidade Domada ou Domesticada, que retira do ser humano a capacidade de pensar e de refletir “fora da caixa”.
Ser espiritual não é uma debilidade, pelo contrário, talvez seja a máxima inteligência do ser humano e que sob nenhuma hipótese ou pretexto deveria nos impedir de, pelo menos, respeitar o diferente de nós.
O fato de você ir ou não à Igreja, por exemplo, não torna você mais ou menos espiritual do que uma pessoa que é muito dedicada à sua vida profissional. Existem dimensões múltiplas por meio das quais a espiritualidade se manifesta e em todas as coisas realmente importantes que fazemos ela está presente, nos demos conta ou não. Sempre que percebemos a nós mesmos, ao outro e à própria vida numa dimensão mais profunda, ali a espiritualidade está viva e pujante.
Não reduzir espiritualidade humana a uma coisa só, ou à uma prática só, ou à uma verdade só é fundamental, é sinal de Inteligência Espiritual, ou quociente espiritual QS.
Pensar espiritualidade, portanto, é saber que existem duas dimensões básicas, uma chamada de TRANSCEDENTE e outra chamada de IMANENTE. Sempre que percebo coisas que estão além da materialidade, estou no campo do transcendente. Assim os estudos científicos sobre energia, quântica, astrofísica, etc..., todos eles estudam o transcendente. Ou seja, o transcendente não é só a relação do homem com o Divino ou com o Sagrado. E quando estou percebendo a vida que me cerca em sua simplicidade, beleza, singeleza e até em sua praticidade (nua e crua como a vida é), estou noutro campo espiritual chamado de imanente, ou seja, o espiritual que me cerca na vida como ela é ao alcance dos meus olhos e sentidos.
Percepção, portanto, tem muito de espiritual. Perceber a própria interioridade, a interioridade ou outro (como diferente da minha), o estético, a separação entre as coisas (que é armadilha do intelecto, que divide, classifica...) mas também a percepção da integração das coisas, da cooperação, da integratividade, das conexões reais..., a devoção que temos ao trabalho ou a um projeto de qualquer natureza, enfim, tudo isso e muito mais são partes da importante inteligência que chamamos de espiritual.
Dicas da Tribo:
1. Para expandir sua vida espiritual lembre-se de experimentar mais a vida.
2. Faça cursos novos: de dança, de arte, de teatro, de coaching, de inteligência emocional, de palhaço, de meditação, etc...
3. Conheça novas pessoas e culturas, ouvindo-as e conhecendo suas verdades.
4. Tenha mais contato com a natureza.
5. Visite novas religiões e aprenda mais sobre elas.
6. Dedique mais tempo em ajudar pessoas numa área em que você tenha facilidade.
7. Converse com crianças e idosos, aprenda com elas.
8. Leia muito!!!
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