Boas Festas?

Tanto já se falou sobre o natal que é até difícil escrever mais alguma coisa. Talvez, começando pelo desejo de “boas festas” tenhamos algo a acrescentar.

Começou-se sendo usado a expressão para o “Ano Novo” e hoje é comumente aplicada, também, para o Natal. Mas, “boas festas” soa um tanto vazio, formal, distante e até sem sentido, principalmente para o Natal.

Claro que o Natal deve representar mais do que simplesmente “boas festas”!

Assim, o Natal está mais para: boas disposições, bons relacionamentos, boas intenções...

Interessante como o Natal mexe com as pessoas, como as tornam mais sensíveis e, por alguns dias, até importam-se mais com o próximo, ou, pelo menos, demonstram se importar.

Nestes dias parece que o dinheiro e o lucro (exclusivamente), são colocados de lado (pelo menos para quem não ganha dinheiro com o Natal) e A FAMÍLIA assume um pouco mais, o centro das atenções. Assim, também são bons laços familiares. No Natal somos desafiados a superar diferenças, de aceitação, de cuidado, de proximidade, e estimulados a nos permitir mais momentos de alegria, partilha e amor. Há certo espaço também, é claro, para alguma confusão, nervosismo e correria. Claro que, sem essas emoções ficaria tudo muito meloso e chato demais...!

E, sem nenhuma pretensão religiosa, arriscamos dizer que nesse mês somos um pouco mais “cristãos”. Isso porque o Natal cristão refere-se às boas novas, às boas festas, às boas disposições, às boas intenções e relações. É a celebração de um nascimento (no mínimo fortemente simbólico) de um Homem que nos chama à reflexão e à ação. Uma personagem intrigante e cativante que nos evidencia as lutas e vitórias reais de uma vida com mais partilha, cuidado com os mais necessitados, uma vida de mais proximidade e inclusão dos excluídos. Este sim é o real sentido da Eucaristia, a famosa Ceia do Senhor.

Tudo isso, sem esquecer, é claro, do espaço para tradições diversas como o bom velhinho “Papai Noel”, a árvore de natal, e os amigos-secretos que servem para “ajuntar” a família e promover atividades de comunhão.

Desafie-se, quem sabe este ano você consiga viver uma experiência de “Boas Festas”.

Por um Novo Ano, Novo!

Bom, se tem uma data cuja comemoração parece bastante sem sentido, essa data é o tal Ano Novo! Expliquemos: pelo menos aqui no ocidente o tal ano novo parece estar se esvaziando de sentido. Nossos irmão do oriente (com sua sabedoria milenar) parecem ter encontrado um caminho um pouco mais “legal”!

Pensemos na china, por exemplo, com o ano novo identificado com animais, que traduzem um significado místico e até proféticos, como o ano do Dragão, ou o ano do Tigre, etc. Levando às pessoas a identificar a “energia” daquele ano e a se desafiarem a novos desafios e ações no ano que chega!!!

Do lado de cá do Mundo, por sua vez, pense no quanto a coisa está ficando chata. Todo ano comemoramos mais uma volta ao redor do sol. Mas, porque chamamos de “ANO NOVO”? É tudo igual!!! Só para citar o Qohelet (do livro eclesiastes), não há nada de novo debaixo do sol.

Todo ano fazemos quase tudo do mesmo jeito. Comemoramos com as mesmas pessoas, comendo as mesmas comidas, bebendo as mesmas bebidas, vendo os mesmos fogos, vestidos com as roupas brancas “de novo”, assistindo Roberto Carlos e a abençoada da retrospectiva. Enfim, começamos o ano novo do mesmo jeito que começamos o ano velho...

É claro que tal “rito” tem seu caráter de “passagem”, não há duvidas disso. Nossa reflexão mais crítica neste caso, é claro, tem por objetivo estimular você a pensar fora da caixa só um pouquinho...

Enfim, nosso desafio particular é ter mesmo um Ano Novo. Então comecemos experimentando mudar o tal rito de passagem de ano. Que tal mudarmos a festa, procurando estar só com a família, pra variar. Ou então chamamos outras pessoas ou estejamos entre outras pessoas, em outros lugares... Ou ainda abandonemos aquele monte de comida que acabamos jogando fora ou congelando, e façamos uma uma ceia leve, só de frutas talvez! Se nunca bebemos, vamos beber um pouco, se sempre bebemos demais, quem sabe passemos com água de côco!!! Mudemos as roupa também ou fiquemos sem roupas! Nada de branco!!! O branco da paz deve estar em nossa alma... Em 2017 passamos de branco e olha só a confusão que foi o Ano... Vamos pra 2018 de rosa, vermelho, amarelo, azul, roxo...

Nada de ficar assistindo um monte de filmes e séries, ou de ficar jogando truco a noite toda... cuidado com a depressão. Sacuda a poeira, arrume coragem e viaje, saia, passeie, invente, ouse, ame, beije na boca, seja feliz e tenha um Ano realmente Novo, desde os seus primeiros minutos...!

Um ano Pé no Chão pra você e toda sua família, mas lembra-se, com o pensamento no ALTO... forte abraço!!!